domingo, 6 de março de 2011

Dia de hospital

Eu não sou uma escritora ou uma blogueira que seja, sou sim uma puta de uma curiosa que adora escrever sobre tudo e principalmente, sobre todos. Minha paixão declarada  e descarada? Pessoas.

Amo observar os diferentes tipos de pessoas, seus corpos, estaturas, relações interpessoais, gestuais. A rua, para mim, é um templo, cheio de divindidades. Claro que cada divindade tem um aspecto proprio, assim como eram as divindades gregas,  mitológicas, dos contos de fadas e etc. Ou seja, a rua é minha igreja e minha religião. Mas não veja se iludir com um detalhe, talvez esse o mais importante : eu não sou das ruas.

Eu sou uma dessas pessoas que vive,a maior parte do tempo, do seu proprio tempo, a vida dos outros. E sempre foi assim. Eu era a filha do mecânico com a enfermeira e irmã da loira baderneira da escola, neta da dona nonna que era a mulher que regia a vida do meu pai e neta também da dona vovó, tadinha, que vivia reclamando da propria saúde e rezando a deus que a levasse logo para junto do meu avô, um homenzinho pequeno, magro, meio pardo que cheirava a a cigarro  e a sangue de boi, não o vinho barato, e sim o açougue onde sempre trabalhou...ah é, ele também cheirava a alcool, bebia sua pinga diaria, a do dia e a da noite... talvez, e isso tentando não fazer  julgamentos, para poder chegar em casa quase que dopado e dormir, sem ouvir as ladainhas da  vovó.
 Meu avô paterno eu nunca conhecí, existe um mito, uma magia a respeito dele...e isso, essa magia só mostrava o lado que ele  já fora casado e que, levado pela beleza juvenil de minha nonna a engravidara e que fujira para outra cidade, no escondido da noite, para assim viverem sua histôria de amor, história  essa que terminou antes do meu  pai nascer e que deixou nossa matriarca italiana completamente envergonhada e sola.

Fui uma criança normal? ...sempre me pergunto disso. Será mesmo que eu  fui ao menos uma criança? Lembro das crises do meu pai, um bipolar jamais assumido que acabou com minha vida...pelo menos ele tentava isso, ou tentou...as  8.99876.456 vezes em que dirigiu uma palavra ou um olhar pra mim.

Minha mãe era atendente de enfermagem, profissão que nem existe mais...logo a minha também não existirá, logo  sou minha mãe, hoje e amanhã. Mamãe tentou criar bem suas filhas, as duas que teve. A outra e eu. Somos muito diferentes, dedos de uma mesma mão e diferentes a beça.
A outra é loira, estatura mediana, ops, não, alta...é que ela ficou gordinha e parece bem menor que eu agora. Não nos damos bem, eu falo com ela e tudo o mais que as irmãs fazem... mas bem menos do que as irmãs dos outros fazem. Queria que fossemos mais amigas, íntimas...e que frequentassemos nossas  casas com mais frequência.É, mas não foi o que aconteceu, um milagre pos primos se amarem tanto...e graças a Deus milagres existem.

Obveo que eu tereiu onte de coisas para contar aqui,  mas, coo vovês pode notar, já tomei minha medicação e...preisico reposar, tentar dorir...tirar essa sensação de oco da cabela...amanhã é dia de HD, e é sobre isso qyue começaos a falar amanhã, tá?

Boa noite ,aproveitem seus sonhos,
Patrícia.

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