quinta-feira, 21 de maio de 2009

Nossos japoneses são melhores...

Namoro um japinha lindo.
...tá, eu acho lindo. ...aham, ele é gordinho. ...sim sim, é um monstro cervejero. ...verdade, come feito uma draga. ...putz, é fato que ele ronca enquanto dorme e solta puns homéricos, parecidos com funks cariocas. Mas ninguém pode julga-lo feio por isso, ao contrário, isso o torna especial. Mesmo. Me cansei dos tão delicados que chegam a ser femininos, tão articulados que parecem pedantes...tão cools que se tornam borings. Um saco. Namorei um cara que, para parecer másculo, dizia ter transado com 150 mulheres ( uma de cada vez, espero eu...rs), o que obviamente eu não acredito afinal, como pode ter um homem não ter aprendido nada , não ter assimilado nada de 150 pessoas diferentes? ...puxa vida, heim?... era de uma mania de grandeza...de um “sou melhor que vc e que qualquer um”... quanta impáfia, credo!
O japonês não. Ele sabe a hora de ser delicado, de ser rude, de ser fino, de ser dócil...sem nunca esquecer da hora de ser gente em tempo integral, e isso ...ahhh...isso eu adoro nele! ^^ Homer Simpson, que já assistiu sabe do que falo...ele é a síntese do personagem, o meu japonês.E por mais que a Margie Simpson desgoste dele de vez em quanto ela, mesmo assim, o adora.
Lembro da minha vó falando que, na velhice, você não terá muito o que fazer com o seu marido e que, como ela e ele ( meu avô), campeonatos de gases na calada da noite, garantirão uma explosão de risos...tudo muito puro, sem malícia, só com o cheiro por incomodar o olfato nada apurado dos idosos.
Meu japonês é assim, me deixa solta, a vontade de ser menina qdo eu quero ser menina e, por que não, adulta ( talvez até meio velha) qdo eu me sinto ou necessito o ser. Sem ficar me avaliando o tempo todo. Eu não sou um troféu. Eu não sou um travesseiro. Eu não sou um tratamento para ajudar a levantar a estima de ninguém. Eu sou eu. Ele é ele. E nós nos completamos um no outro. Sorrisos, dúvidas, festivais de coisas non sense ... responsabilidades. Não é alguém que vai gostar de mim só porque eu escrevo bem ( ainda mais porque eu não escrevo bem), ou porque eu sou bonita ( ainda mais porque eu nem sou bonita de fato), ou porque eu sou super carinhosa ( com licença, vai à merda)...e sim porque eu sou tudo isso e mais zilhões de defeitos adoráveis a serem descobertos, um a um...e zilhões de coisas boas também, ou seja, a graça de ser humano. Bom, que Deus tenha piedade do meu japonês e que o ajude na missão de tentar entender a mulher dele ( se é que ele tenta me entender, talvez por isso dure ...). Tanto blá, blá, blá só porque ele vive me dizendo que eu nunca escrevo sobre ele...rs

É isso. Boa noite Rodrigo. Te amo, japonês, sempre.

2 comentários:

seja racional...ou não.